Existe uma liberdade inteligente e uma liberdade imatura. A liberdade inteligente é a de quem se sente livre, mas aceita normas. A imatura é a do cabeçudo e teimoso que afirma que ninguém lhe diz o que fazer.
Faz tudo por conta própria e não aceita nem normas, nem conselhos. O estado prolongado desse tipo de teimosia é uma enfermidade mental. Quem estabelece suas próprias regras torna-se um problema para si e para os outros. Ele atravessa a rua quando quer e não quando pode, inventa suas próprias leis de trânsito e suas leis de viver. Por isso mesmo não sabe conviver. Tais pessoas sao anormais. Não se adaptam a costume algum que não seja o seu. O outro não existe para elas. Seu enorme egoísmo só vê suas necessidades. Faz parte desse grupo o adepto do 'cada um por si e Deus por todos' ou o do 'salve-se quem puder', ou ainda o cultuador do jeitinho brasileiro de conseguir as coisas fora da lei.
LIBERDADE DE ESCOLHA
Não existe liberdade total de escolha. Se eu escolher ir a pé até Roma, faço uma escolha errada e para isso não tenho liberdade, porque entre o Brasil e a Itália existe um oceano. Terei de renunciar a minha escolha errada de ir a pé. Posso escolher sempre dentro de um limite. Escolhe-se dentro do possível. Por isso aquele que cultua a liberdade total é louco. Ela não existe! Só o louco atravesa a rua quando quer. Os outros atravessam quando podem. Toda liberdade humana têm limites. Todo homem verdadeiramente livre sabe lidar com os limites. Por isso é que ele voa quando o tempo permite, nada quando o oceano permite e vai de carro quando a estrada permite. Se não der, ele se adapta, exatamente porque é livre. O outro que pensa ser livre, insiste no proibido ou no impossível e, se der certo, vira herói; se não der, ou morre ou enlouquece. A grande maioria das pessoas prefere ser livre com limites. Não posso quer o sinal verde para mim o tempo todo. Sou livre também quando aceito o vermelho.
Os textos acima são de autoria de José Fernandes de Oliveira (Padre Zezinho) e fazem parte do livro 'Católicos serenos e felizes'. (Do site: http://salvemaria.sites.uol.com.br/atitude.htm)
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