26 de março de 2011

SEMANA SANTA

INSTRUÇÕES SEGUNDO RUBRICAS DO MISSAL ROMANO

As escritas de preto foram tiradas do Missal Romano, a partir da Tradução Portuguesa da 2ª edição típica para o Brasil realizada e publicada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com acréscimos aprovados pela Sé Apostólica. 6ª ed. Paulus, 1992. Os textos tirados do Missal estão designados pela sigla “MR”, seguidas da página de onde foi tirada a citação.
As escritas em azul foram tiradas do Livro Semana Santa ABC, Edições Paulinas, 1989 e estão designadas pela sigla “ABC”, seguidas da página de onde foi tirada a citação.
As escritas de vermelho são comentários sobre a celebração ou citação da qual estão próximas.


DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR

Neste dia a Igreja recorda a entrada de Cristo em Jerusalém para realizar o seu mistério pascal. Por isso, em todas as Missas comemora-se esta entrada do Senhor: na missa principal, pela procissão ou pela entrada solene: em todas as outras, pela entrada simples. Em uma ou outra missa celebrada com grande número de fiéis, pode-se repetir a entrada solene, mas não a procissão (MR, p. 220).

Cada pessoa leve o seu ramo enfeitado para a procissão. Na hora da bênção, se há que não os tenha, a comunidade cuide que uns partilhem com os outros, assim todos podem ter ramos. Os coordenadores cuidem do visual, bonito, como forma de louvor a Deus (ABC, p. 8).


É bom que a procissão venha de uma capela para a matriz ou igreja maior. A unidade entre a procissão festiva e a missa marcada pela celebração da Paixão pode ser feita através da cruz processional que conduz a procissão e, na celebração eucarística, é colocada no altar (ABC, p. 9).

Procissão: Na hora conveniente, reúne-se a assembléia numa igreja menor ou outro lugar apropriado, fora da igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis trazem ramos nas mãos. O sacerdote e os ministros, com paramentos vermelhos para a Missa, aproximam-se do lugar onde o povo está reunido. O sacerdote poderá usar capa em vez de casula durante a procissão (MR, p. 220).

O sacerdote saúda o povo como de costume. Em seguida, por breve exortação, os fiéis são convidados a participar ativa e conscientemente da celebração deste dia. (ABC, p. 10). Após a oração da bênção, o sacerdote, sem nada dizer, asperge os ramos com água benta (MR, p. 221).

O diácono ou, na falta dele, o sacerdote, proclama, conforme o costume, o Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém (MR, p. 221).

Após o Evangelho, poderá haver breve homilia. O celebrante ou outro ministro idôneo dá inicio à procissão. Inicia-se a procissão para onde será celebrada a Missa. À frente, vai o turiferário, caso se julge oportuno o uso de incenso; em seguida o cruciferário com a cruz ornamentada, entre dois acólitos com velas acesas, depois, o sacerdote com os ministros, seguido pelo povo com seus ramos (MR, p. 225).

Durante a procissão, o coro e o povo entoam cantos apropriados (MR, p. 225).

Chegando ao altar, o sacerdote o saúda e, se for oportuno, o incensa. Dirige-se à cadeira (tira a capa e veste a casula) e, omitindo os ritos iniciais, diz a oração do dia da missa, prosseguindo como de costume (MR, p. 228).

Entrada solene: Onde não se possa realizar a procissão fora da igreja, a entrada do Senhor será celebrada dentro da Igreja, pela entrada solene da Missa principal (MR, p. 229).

Os fiéis reúnem-se à porta da igreja ou no seu interior, trazendo ramos nas mãos. O sacerdote, os ajudantes e uma delegação de fiéis dirigem-se para um ponto da igreja, fora do presbitério, de onde o rito possa ser visto pela maioria dos fiéis (MR, p. 229).

Realiza-se a bênção dos ramos e a proclamação do Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, como delegação dos fiéis dirige-se processionalmente pela Igreja até o presbitério, enquanto se canta um canto apropriado (MR, p. 229).

Chegando ao altar, o sacerdote o saúda e, omitindo os ritos iniciais, diz a oração do dia da missa, prosseguindo como de costume (MR, p. 229).

Entrada simples: Em todas as outras Missas neste domingo, nas quais não haja entrada solene, faz-se a memória da entrada do Senhor em Jerusalém pela entrada simples (MR, p. 229).

Enquanto o sacerdote se dirige ao altar, canta-se a antífona de entrada ou um canto com o tema. Chegando ao altar o sacerdote o saúda, dirige-se à cadeira e cumprimenta o povo, prosseguindo a Missa como de costume. Nas outras Missas em que não se possa cantar a antífona da entrada, o celebrante saúda o altar, cumprimenta o povo e, após a recitação da antífona da entrada, prossegue a Missa como costume (MR, p. 229).

Onde não se possa celebrar a procissão nem a entrada solene, faça-se uma celebração da Palavra de Deus, sábado à tarde ou domingo à hora mais oportuna, tendo por tema a entrada do Messias e a paixão do Senhor (MR, p. 230).

O diácono ou, na falta dele, o sacerdote, lê a história da Paixão, sem velas, incenso, saudação ou sinal da cruz sobre o texto. Pode também ser lida por leigos, reservando-se a parte de Cristo para o sacerdote, se possível. Após a história da Paixão, se for oportuno, haja uma breve homilia. Diz-se o Creio (MR, p. 230).

Na despedida, o celebrante convida a assembléia a intensificar a oração e a vida comunitária nestes dias de preparação à Páscoa. Até a Vigília Pascoal, a nossa Igreja se priva de dizer ou cantar o aleluia, canto que voltaremos a entoar na Páscoa (ABC, p.44).

QUINTA-FEIRA SANTA – MISSA DA CEIA DO SENHOR


Esta é uma celebração festiva. A Igreja deve estar festivamente enfeitada e arrumada. O altar, com toalhas brancas. Que na medida do possível se pense na missa em ressaltar a verdade dos sinais eucarísticos, que se viva a relação entre Eucaristia e o serviço dos irmãos, que se manifeste no lava-pés e se concretize a cada ano na Campanha da Fraternidade (ABC, p. 67).

Na hora mais oportuna da tarde, seja celebrada a Missa da Ceia do Senhor com plena participação de toda comunidade local, desempenhando todos os sacerdotes e ministros suas respectivas funções (MR p. 247).

O tabernáculo esteja totalmente vazio. Para a comunhão do clero e do povo, hoje a amanhã, consagre-se na própria Missa a quantidade de pão suficiente (MR p. 247). A reserva eucarística deve ser levada para outro local antes do início da celebração.

Durante o canto do Glória, tocam-se os sinos, que permanecerão depois silenciosos até a Vigília Pascal (MR p. 247). Portanto, não se deve tocar o sino durante a consagração.

Após a homilia, [...] procede-se o lava-pés, se as razões pastorais aconselharem (MR p. 248). A escolha das pessoas cujos pés vão ser lavados pode estar ligada à Campanha da Fraternidade. Em várias comunidades têm participado do lava-pés tanto homens como mulheres. Outras têm feito, no primeiro momento com doze pessoas e depois ampliam para mais gente da comunidade – e até coordenadores e não só o celebrante fazem o gesto: no primeiro momento, só o padre; depois outros o fazem, na obediência a palavra do Senhor (ABC, p. 72).

Logo após o lava-pés, após a homilia, faz-se a oração dos fiéis. Omite-se o Creio (MR p. 249).

Dando início à liturgia eucarística, poder-se-á organizar uma procissão dos fiéis com donativos para os pobres, durante a qual se entoa um canto adequado (MR p. 249).

Liturgia Eucarística – a Oração Eucarística I tem dizeres próprios.

Distribuída a comunhão, a reserva eucarística para comunhão do dia seguinte é deixada sobre o altar, e conclui-se a Missa com a oração depois da comunhão (MR p. 251).

Transladação do Santíssimo Sacramento: Terminada a oração, o sacerdote, de pé ante o altar, põe incenso no turíbulo e, a ajoelhando-se, incensa três vezes o Santíssimo Sacramento. Recebendo o véu umeral, toma o cibório e o recobre com o véu (MR p. 252).

Forma-se a procissão, precedida pelo cruciferário, para conduzir o Santíssimo Sacramento, com tochas e incenso, pela Igreja até o local da reposição, preparando uma capela devidamente ornada. Durante a procissão, canta-se Vamos todos (exceto as duas últimas estrofes – Tão sublime sacramento – ou outro canto eucarístico (MR p. 252).

Quando a procissão chega ao local da reposição, o sacerdote deposita o cibório no tabernáculo. Colocado o incenso no turíbulo, ajoelha-se e incensa o Santíssimo Sacramento enquanto canta o Tão sublime sacramento. Em seguida fecha-se o tabernáculo (MR p. 253).

Após alguns momentos de adoração silenciosa, o sacerdote e os ministros fazem genunflexão e voltam à sacristia (MR p. 253).

Retiram-se as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da Igreja. Convém velas as que não possam ser retiradas (MR p. 253). A desnudação do altar acontece porque o esposo não está lá, não vai haver o sacrifício eucarístico. Retiram-se as toalhas e, se possível, cobrem-se as imagens, para ressaltar a ausência.

Os fiéis sejam exortados a adorarem o Santíssimo Sacramento, durante algum tempo da noite, segundo as circunstâncias do lugar. Contudo, após a meia-noite esta adoração seja feita sem nenhuma solenidade (MR p. 253). A vigília é um momento de agradecimento, de estar com Jesus. Após a meia-noite a vigília é silenciosa.

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR


Hoje e amanhã, segunda antiqüíssima tradição, a Igreja não celebra os sacramentos (MR p. 254).

O altar esteja totalmente despojado: sem cruz, castiçais ou toalha (MR p. 254).

Na tarde da sexta-feira, pelas três horas, [...] proceder-se-á à celebração da Paixão do Senhor, que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração a cruz e comunhão eucarística. Neste dia, a sagrada comunhão só pode ser distribuída aos fiéis durante a celebração da paixão do Senhor, mas poderá ser levada a qualquer hora aos doentes que não possam participar da celebração (MR p. 254).

O sacerdote e o diácono, de paramentos vermelhos como para a Missa, aproximam-se do altar, fazem-lhe reverência e prostam-se ou ajoelham-se. Todos rezam em silêncio por alguns instantes (MR p. 254). Não se deve cantar para a entrada (ABC, p. 80).

O sacerdote, com os ministros, dirige-se para a sua cadeira. Voltado para o povo de mãos unidas, diz a oração (MR p. 254).

I. Liturgia da Palavra e Oração Universal: a liturgia da Palavra é encerrada com a oração universal, do modo: o diácono, de pé junto aà mesa da palavra, propõe a intenção especial; todos oram um momento em silêncio; em seguida o sacerdote, de pé junto à cadeira ou se for oportuno, do altar, de braços abertos, diz a oração. Durante todo o tempo das orações, os fiéis podem permanecer de joelhos ou de pé (MR p. 255). Um ministro ou alguém da comunidade anuncia as intenções, todos se ajoelham em silêncio. Após alguns momentos, o celebrante se levanta e proclama a oração, enquanto a comunidade permanece ajoelhada. (ABC, p. 93).

As conferências episcopais podem propor aclamações do povo antes da oração do sacerdote, ou determinar que se mantenha o tradicional convite do diácono “Ajoelhomo-nos – Levantemo-nos”, ajoelhando-se todos para a oração em silêncio.

II. Adoração da Cruz: Terminada a oração universal, faz-se a solene adoração da santa Cruz, escolhendo-se, das duas formas propostas, a mais conveniente segundo razões pastorais (MR p. 256).

Primeira forma: A cruz velada é levada ao altar, acompanhada por dois ministros com velas acesas. O sacerdote, de pé diante do altar, recebe a cruz, descobre-lhe a parte superior e eleva um pouco, começando a antífona “Eis o lenho da cruz”, sendo ajudado, no canto, pelo diácono, ou mesmo se convier, pelo coro. Todos respondem: “Vinde adoremos!”. Terminado o canto, ajoelham-se e permanecem um momento adorando em silêncio, enquanto o sacerdote de pé, continua com a cruz erguida. Em seguida, o sacerdote descobre o braço direito da cruz, elevando-a de novo e começando a antífona “Eis o lenho da cruz”, tudo como a cima. Enfim, descobre toda a cruz e levantando-a, começa pela terceira vez a antífona “Eis o lenho da cruz”, prosseguindo como acima (MR p. 260).

Segunda forma: O sacerdote ou diácono, com os ministros (ou outro ministro idôneo), dirige-se à porta da Igreja, onde toma nas mãos a cruz sem véu. Acompanhado pelos ministros com velas acesas, vai em procissão pela nave até o presbitério. Junto à porta principal, no meio da igreja e à entrada do presbitério, de pé, ergue a cruz, cantando a antífona “Eis o lenho da cruz” a todos que respondem: “Vinde adoremos!” ajoelhando-se e adorando um momento em silêncio, como acima (MR p. 260).

Acompanhado de dois ministros com velas acesas, o sacerdote leva a cruz à entrada do presbitério ou a outro lugar conveniente, onde a coloca ou entrega aos ministros, que a sustentam, depondo os castiçais à direita e à esquerda. Faz-se então a adoração como adiante (MR p. 260).

Para a adoração da cruz aproximam-se, como em procissão, o sacerdote, o clero e os fiéis, exprimindo sua reverência pela genunflexão simples ou outro sinal apropriado, conforme costume da região, por exemplo, beijando a cruz. Durante a adoração, cantam-se cantos apropriados (MR p. 261).

Deve-se apresentar à adoração do povo uma só e mesma cruz. Se, por causa da grande quantidade de fiéis, não for possível aproximarem individualmente, o sacerdote toma a cruz e, de pé diante do altar, convida o povo em breves palavras a adorá-la em silêncio, mantendo-a erguida por um momento (MR p. 261).

Terminada a adoração, a cruz é levada para o altar, em seu lugar habitual. Os castiçais acesos são colocados perto do altar ou da cruz (MR p. 261).

III. Comunhão: Sobre o altar estende-se a toalha e colocam-se o corporal e o livro. Pelo caminho mais curto, o diácono ou, na falta dele, o sacerdote traz o Santíssimo Sacramento do local da reposição, pelo trajeto mais curto e coloca-o sobre o altar, estando todos de pé e em silêncio. Dois ministros com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e colocam os castiçais perto do altar ou sobre ele (MR p. 267). A toalha do altar deve ser branca.

Tendo o diácono colocado o Santíssimo Sacramento sobre o altar e descoberto o cibório, o sacerdote aproxima-se e, feita a genunflexão, sobe ao altar. Inicia-se o rito da comunhão, com a oração do Pai-Nosso.

O sacerdote comunga e dá a comunhão aos fiéis. Durante a comunhão pode-se entoar um canto apropriado (MR p. 268).

Terminada a comunhão o cibório é transportado por um ministro competente para um lugar preparado fora da igreja ou, se não for possível, para o próprio tabernáculo (MR p. 268).

Se oportuno, observa-se um momento de silêncio. E o sacerdote diz a oração depois da comunhão. À despedida, o sacerdote estende as mãos sobre o povo e diz a oração (MR p. 268).

Todos se retiram em silêncio. O altar é oportunamente desnudado. No sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e Morte, e abstendo-se (desnudado o altar) do sacrifício da missa até que, após a solene Vigília em que espera a Ressurreição, se entregue às alegrias da Páscoa, que transbordarão por cinqüenta dias. Neste dia, a Sagrada Comunhão só pode ser dada como viático (MR p. 269).

VIGÍLIA PASCAL


“Esta vigília é a mãe de todas as vigílias da Igreja” (Santo Agostinho). Nenhuma comunidade cristã deveria deixar de se reunir e celebrar nesta noite o louvor ao Pai pela ressurreição de Jesus Cristo, nossa Páscoa. Mesmo as comunidades sem padre se reúnam, e da maneira que puderem se unam à alegria pascal de toda a Igreja nesta noite santa” (ABC, 102).

Segundo antiqüíssima tradição, esta noite é “uma vigília em honra do Senhor (Ex 12,42). Assim os fiéis, segundo a advertência do Evangelho (Lc 12,35ss), tendo nas mãos lâmpadas acesas, sejam como os que esperam o Senhor, para que ao voltar os encontre vigilantes e os faça sentar à sua mesa (MR p. 270).

Deste modo se realiza a vigília desta noite: após breve celebração da luz (primeira parte da vigília), medita a Igreja sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa (segunda parte ou liturgia da palavra), até que, aproximando-se a manhã da ressurreição, seja convidado, com os membros que lhe nasceram pelo batismo (terceira parte), a participar da mesa que o Senhor lhe preparou por sua morte e ressurreição (quarta parte) (MR p. 270).

Toda vigília pascal seja celebrada durante a noite, de modo que não comece antes do anoitecer e sempre termine antes da aurora do domingo. Mesmo celebrada antes da meia-noite, a Missa da vigília é a verdadeira Missa do domingo da Páscoa. Quem participar da Missa da noite pode comungar também na segunda Missa da Páscoa (MR p. 270).

O sacerdote e os ministros vestem paramentos brancos, como para a Missa. Preparem-se velas para todos que participam da vigília (MR p. 270).

Bênção do Fogo: apagam-se as luzes da igreja. Em lugar conveniente, fora da igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta, aproxima-se o sacerdote com os ministros, trazendo um deles o círio pascal (MR p. 271-272).

A bênção do fogo e o rito da luz podem tomar o aspecto de verdadeira festa da luz. Se as condições permitem é bom que se faça fora, no pátio da igreja, ao redor de uma fogueira. Esta pode já estar preparada ou pode também ser armada na hora mesmo, como sinal litúrgico, por várias pessoas da comunidade. Há até experiências dos grupos e comunidades virem em procissão e trazerem, cada pessoa, um galho seco para o fogo, uma vela apagada e ainda rosa ou flor. As flores são recolhidas em bacias ou cestos e, no fim da vigília, abençoadas e distribuídas como sinal de alegria e união comunitária entre todos (ABC, p. 103-104).

Onde, por qualquer dificuldade, não se possa acender uma fogueira, a bênção do fogo seja adaptada às circunstâncias. Estando o povo reunido, como de costume, no interior da igreja, o sacerdote dirige-se à porta com os ministros, trazendo um deles o círio pascal. O povo, tanto quanto possível, volta-se para o sacerdote. Depois da saudação e da exortação como acima, benze-se o fogo e caso se prefira, pode-se preparar e acender o círio (MR p. 273).

Terminada a bênção do fogo novo, o acólito ou um dos ministros traz o círio pascal ao sacerdote o prepare conforme orientações do Missal Romano, p. 272.

Segue a procissão com o círio cantando “Eis a luz de Cristo”, orientações p. 273 do Missal Romano. Sugere-se que as luzes da igreja sejam acesas após o terceiro “Eis a luz de Cristo”.

Nas comunidades mais populares, é válido que a função de diácono do círio possa ser feita por agente de pastoral leigo preparado para esta função. É importante que esta procissão possa ser vivida pelo povo em sua cultura, como uma procissão alegre e não como um cortejo triste. Neste sentido é difícil o povo compreender por que procissão tão curta. Se a bênção do fogo foi feita no pátio, percorra-se certo itinerário para entrar na igreja (evitar percorrer diversas ruas). Em lugares onde tradicionalmente há procissão da Ressurreição, poder-se-á procurar, com o tempo, unificar essa devoção com a liturgia da luz e a procissão. Durante a procissão, enquanto não se chega dentro da igreja poder-se-ia cantar um ou dois cânticos de caminhada das comunidades que expressarem a continuidade da caminhada pascal (ABC, p. 107-108).

Proclamação da Páscoa: Chegando ao altar, o sacerdote vai para sua cadeira. O diácono coloca o círio pascal no candelabro no centro do presbitério ou junto dda mesa da palavra. Depois de colocado o incenso se for o caso, o diácono, como para o Evangelho da Missa, pede a bênção ao sacerdote (MR p. 273).

O diácono ou, na falta dele, o sacerdote, incensa, se for o caso, o livro e o círio. Faz a proclamação da Páscoa, dda mesa da palavra, ou no púlpito, estando todos de pé e com velas acesas (MR p. 274).

Esta proclamação, se necessário, poderá ser feita por cantor que não seja diácono, que omitirá as palavras “E vós, que estais aqui” até o fim do convite, como também a saudação “O Senhor esteja convosco” (MR p. 274).

Liturgia da Palavra: Nesta vigília, mãe de todas as vigílias, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento (Epístola e Evangelho). Por razões de ordem pastoral, pode-se diminuir o número de leituras do Antigo Testamento, tendo-se porém em conta que a leitura da Palavra de Deus é o principal elemento desta vigília. Leiam-se pelo menos três leituras do Antigo Testamento ou, em casos especiais, ao menos duas. A leitura do Exôdo, cap. 14, nunca pode ser omitida (MR p. 279). Essa é a parte mais importante da celebração, seria apropriado colocar todas as leituras, escolhendo bem os leitores e os salmistas. Esse movimento (salmo – leitura – oração) não torna a celebração cansativa.

Apagando-se as velas, sentam-se todos. E antes de começarem as leituras, o sacerdote dirige-se ao povo falando sobre o mistério a ser proclamado nas leituras (MR p. 279).

Seguem-se as leituras. O leitor dirige-se à mesa da palavra, onde faz a primeira leitura. Em seguida, o salmista ou cantor diz o salmo, ao qual o povo se associa pelo refrão. Depois todos se levantam e o sacerdote diz “Oremos”. Após um momento de silêncio, diz a oração. Pode-se também substituir o salmo responsorial por um certo tempo de silêncio; neste caso, omite-se a pausa depois do oremos (MR p. 279).

Após a oração e o responsório da última leitura do Antigo Testamento, acendem-se as velas do altar e o sacerdote entoa o hino Glória a Deus nas alturas, que todos cantam, enquanto tocam os sinos, segundo o costume do lugar (MR p. 279).

Lê-se a epístola e logo após entoa-se solenemente o Aleluia (MR p. 283).

Ao evangelho não se levam velas, mas só o incenso, quando se usar (MR p. 283).

Após o Evangelho, faz-se homilia e procede-se à liturgia batismal (MR p. 283).

Liturgia Batismal: O sacerdote e os ministros dirigem-se ao batistério, se este pode ser visto pelos fiéis. Caso contrário, coloca-se o recipiente com água no próprio presbitério. Se houver batismo, chamam-se os catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida. Se houver crianças, serão apresentadas pelos pais e padrinhos (MR p. 283).

Dois cantores entoam a ladainha, à qual todos respondem de pé (por ser tempo pascal) (MR p. 284).

Se o batistério é distante, canta-se a ladainha durante a procissão, sendo-os antes chamados que vão receber o batismo. A procissão é precedida pelo círio pascal, seguido pelos catecúmenos e padrinhos, e depois pelo sacerdote e os ministros. Neste caso, a exortação é feita antes da bênção da água (MR p. 284).

Se não houver batismo nem bênção da água batismal, omite-se a ladainha e procede-se logo à benção da água para a aspersão (MR p. 284).

Observar orientações sobre o batismo de crianças ou catecúmenos, conforme e o Ritual para o Batismo e o Ritual da Iniciação Cristã de Adultos.

Após o rito do batismo (e confirmação – no caso dos catecúmenos), ou se não houver batismo, após a bênção da água, todos, de pé e com velas acesas, renovam as promessas do batismo (MR p. 287).

Após a renovação das promessas batismais, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam (MR p. 290).

Enquanto isso, os neobatizados são conduzidos ao seu lugar entre os fiéis. Se a bênção da água batismal não foi feita no batistério, os ministros transportam-na ao batistério com reverência. Se não houver bênção da água batismal, a água para a aspersão será colocada em lugar conveniente. Terminada a aspersão o sacerdote volta à cadeira, onde omitido o Creio, preside a oração dos fiéis, da qual os neobatizados participam pela primeira vez (MR p. 290).

O sacerdote vai ao altar e começa a liturgia eucarística como de costume. Convém que o pão e o vinho sejam apresentados pelos neobatizados. (MR p. 290). Os neófitos devem fazer a procissão com as ofertas.

(Seminarista Rodrigo)

2 comentários:

Anônimo disse...

PARABENS SEMINARISTA rODRIGO
Estas informações que vc postou sobre a semana santa são ótimas. Me salvou
Que Deus te abençoe.


Monica Barbieri - Guadalupe

Ivani Alves disse...

Agradeço ao seminarista Rodrigo por ter me enviado este documento por e-mail.